segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Composições guitar-hero

Se o numero de pessoas que nascem todos os dias fosse proporcional ao numero de canções que se compõe toda manha, das duas, uma: ou teríamos musicas ruins, ou seriam de péssima inspiração.

E na verdade, é exatamente sobre este fenômeno sócio/musical, que estamos a resenhar.

Infelizmente, como o meu e o seu amigo costumam dizer, as composições musicais de hoje perderam a profundidade e parece que, por detrás delas não existe mais do que uma obrigação artística em cumprir a tabela de lançamentos de novos álbuns, a cada semestre.

Talvez, nesse inicio do texto, você mesmo já lembrou de algum artista ou banda predileta, que não deve ter convencido você com esse “novo álbum”, enfim, que você tenha comentado, ou ao menos pensado, que as musicas poderiam ser melhores.

O interessante também é que grande parte dos artistas, músicos, enfim, que compõem, como que por obrigação, já estão consagrados pelo publico, o que chega a ser mais deprimente ainda.

Enquanto isso, você acaba por preferir álbuns daqueles que estão iniciando a suas respectivas carreiras musicas, e isso porque parece, seriamente, que estes últimos compõem de forma muito mais espontânea, escrevendo letras poéticas ou não, mas com riqueza de idéias, “riffs” novos e combinados de forma natural, e, no geral, nos sentimos muito confortáveis em apreciá-los, independente do estilo.

A forma com que isso acontece, obedece estritamente as regras e limitações do mercado. Como qualquer outro negócio, a musica precisa dançar graciosamente aos olhos da deusa moderna chamada “TENDENCIA”, para que assim, continue oferecendo lucros e mais lucros aos seus respectivos patrocinadores (inescrupulosos, em ultima análise).

De qualquer forma, seja como for, o talento não se acaba, novas pessoas nascem também, e por isso então, descansemos, sem nos agoniarmos muito.
Diria ainda que, se de um lado temos a imposição de Gravadoras e Selos em obrigar aqueles artistas que admiramos a seguir as tendências do mercado, não esqueçamos que, de outro lado estão aqueles que usam a alma, compõe quando querem compor, sem pressão demais, sem guias, deixam que somente o talento os guie nessa tão linda e nobre façanha, a composição.



Robson Costa.